Pesquisar este blog

domingo, 14 de abril de 2013


Professores da rede estadual vivem drama em sala de aula

Ameaças a professores e alunos ocorrem com frequência em várias escolas estaduais de Piracicaba. Brigas entre estudantes e até tráfico de drogas dentro de unidade de ensino envolvendo um estudante de 11 anos ocorreram recentemente em uma escola na Vila Sônia. De acordo com a Apeoesp (Associação de Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o professor está cada vez mais acuado pelos alunos em sala de aula. Respeito ao mestre virou passado. Segundo a associação, um professor de geografia pediu exoneração do cargo na Escola Estadual Jardim Gilda, na Vila Sônia, por causa das constantes ameaças.
O JP também está no Facebook e no Twitter.
Um professor de matemática da Escola Estadual Jethro Vaz de Toledo foi ameaçado por um motociclista que estava com uma aluna na garupa. O Jornal de Piracicaba ouviu relatos de docentes e alunos. “A violência nas escolas da rede pública estadual de ensino ocorre de forma permanente e generalizada em frente às escolas, dentro das escolas e inclusive em salas de aula. A forma assustadora se apresenta pelos fatos diários relatados por professores que buscam apoio junto aos representantes e conselheiros sindicais em suas visitas, diante de uma inércia inexplicável do governo em tomar atitudes, apresentando propostas concretas, mediatas e eficazes na resolução dos problemas apresentados”, comentou Fábio Leissmann, conselheiro estadual da Apeoesp e secretário de política sindical da associação, subsede Piracicaba.
Mãe de um aluno, a comerciante Denise Firmino de Souza disse que acompanha de perto o rendimento escolar do filho de 15 anos. “Percebo que ele não tem o mesmo rendimento que tinha anteriormente. Não concordo com esse ensino continuado que vai jogando os alunos para as séries seguintes independente de estarem preparados ou não. Os próprios jovens não levam os estudos à sério”, comentou.
O filho de Denise de 15 anos comentou que não tem vontade de ir à aula. Há faltas constantes de professores e isso acaba atrapalhando o rendimento escolar. “Na escola tem briga por qualquer motivo. Por causa de meninas, bala e até por salgadinho. Ainda nem sei o que vou fazer”.
AMEAÇAS — Para a diretora da Apeoesp, Roberta Iara Maria Lima, a questão da violência é um problema nas escolas de Piracicaba e de todo Estado. “A maioria dos professores já ouviu indiretas do tipo ‘aqui dentro você é professora, lá fora a coisa muda’. Qual o professor que pode dar uma aula com essas condições?” questionou.
Um estudante de 15 anos da Escola Estadual Hélio Penteado disse que brigas viraram rotina até mesmo na sala de aula. “A professora fala e ninguém obedece. Ficam prejudicando a aula. Não quero ser da turma do barulho, quero ter um futuro melhor para mim. Eles estão me prejudicando”, desabafou o aluno.


Leia a íntegra da reportagem na edição impressa do JP ou no JP Virtual
Reportagem: Cristiani Azanha  |   Foto: Arquivo/JP
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário