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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Educação em São Paulo, retrato da confusão tucana

21/12/2011 13:22, Por José Dirceu
Pior, as notícias não são ruins apenas na área da educação pública do Estado. Um grupo de ensino privado comprou três outras universidades e faculdades isoladas e demitiu nada menos que 680 professores nesta virada de ano – 400 só de uma das instituições compradas, metade do seu corpo docente (leiam a nota abaixo Grupo compra universidade e demite metade de seus professores).
No ensino público oficial do Estado, há quase 20 anos gerido pelos tucanos – só Geraldo Alckmin é governador pela 3ª vez nestes anos todos – um dia após a Secretaria de Educação anunciar que decidiu reduzir a carga horária das disciplinas de português, matemática e história em sua rede pública em 2012, substituindo-as por aulas de filosofia, sociologia e artes, a mesma secretaria voltou atrás e disse que não mais fará a redução.
Segundo ele, o recuo foi por ordem de Geraldo Alckmin. Como vocês vêem, está bom o planejamento na área na área, hein! E pensar que os tucanos estão aí há quase 20 anos! Dá para imaginar que em duas décadas, o planejamento da Educação, área que afeta milhões de alunos e milhares de professores, esteja dessa forma em que, a Secretaria da área anuncia uma mudança hoje e volta atrás amanhã?
Educação, o mais fiel retrato da confusão tucana em 20 anos
Dá pára entender – ou, pelo menos tentar – porque a Educação em São Paulo hoje é um retrato da confusão e falta de planejamento em que se transformou o governo Alckmin. Começando pelo desmonte que ele fez de tudo que José Serra deixou, tanto nesta área quanto nas outras.
E um desmonte que teve como alvo, principalmente, os quadros deixados pelo serrismo na máquina do Estado. Não sobrou pedra sobre pedra, num desmonte que ainda prossegue até hoje. Feito com uma preocupação até maior do que mudar políticas que José tenha deixado nas áreas de educação, saúde, segurança, etc – se é que deixou políticas nos 3,5 anos em que governou o Estado.
Agora o que assistimos é uma reunião-balanço com o secretariado do 1º ano do 3º governo Alckmin, realizada anteontem. A reunião e as cobranças do govenador só confirmam: seu terceiro governo é pura improvisação, completa desorganização e a mais absoluta ausência de planos e ações.
O que vimos é um governo paralisado e sem capacidade de inovar e enfrentar os desafios do maior Estado do país em termos de riqueza. A ponto de o próprio governador confessar à equipe que não vê nada de seu governo pelo Estado e cobrar do seu secretariado mais ação. Isso está nor jornais. Minimizado, escondido, mas está.

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